“Quem tem capa, sempre escapa…”
No
dia 17, hoje, fez dois anos que Pedrogão Grande foi cenário do mais trágico
incendio florestal que se abatei neste país. Provocou 66 mortos, 253 feridos,
sete deles com gravidade, e destruiu cerca de 500 casas, 261 das quais eram
habitações permanentes, e 50 empresas. Dizem que: “ quem está no convento é que
sabe o que lá vai dentro”, assim será em verdade, mas nem por isso deixamos de
fazer as nossas congeminações e opinar sobre o que nos parece discutível. A
começar pelo que respeita aos falatórios que se desenrolam á volta do ps Valdemar
Alves, que muito seguro de si, e confiante na Justiça…. que temos, continua
alegre e feliz de vida como que nada de mal se tenha passado na sua autarquia
de Pedrogão Grande. Deixá-los falar, porque “palavras loucas, orelhas moucas”.
Dois anos já lá vão, e pelo caminho ficou a amargura de quem perdeu os
familiares, os haveres e a esperança de viver em paz o resto da sua vida. Vem
agora um PR assistir a uma missa, com um António Costa, que na altura do
incêndio foi de férias, mais um Ferro Rodrigues que nunca vi se pronunciasse
sobre o trágico acontecimento que enlutou Portugal, mostrarem-se muito piedosos
para cativar corações desfeitos de tanto penar.
Vêm agora,
de mãos dadas, recordar “pecados velhos”
que mais não servem do que abrir feridas encarquilhadas a condizer com a falta
de vergonha pelo manifesto desprezo pelas vitimas que continuam à espera de
verem seus males atenuados e coerentemente atendidos. Incendio que teve inicio
em Escalos Fundeiros (Pedrogão Grande), e depois se alastrou aos municípios
vizinhos, no distritos de Leiria, Coimbra e Castelo Branco. Além de Pedrogão
Grande, também Castanheira de Pera e Figueiró dos Vinhos foram os principais concelhos
afetados. Para já os acusados constam numa lista que vi divulgada pela
MadreMedia/Lusa, no passado dia 16: “São arguidos no processo 13
pessoas, incluindo os presidentes dos municípios de Castanheira de Pera,
Figueiró dos Vinhos e Pedrógão Grande em funções à data dos factos: Fernando
Lopes, Jorge Abreu e Valdemar Alves (que é arguido mas não consta da acusação)”.
– “Quem tem capa, sempre escapa…”
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