Granizo e tremocilho
Ia-me esquecendo de registar um dos acontecimentos que raramente
dá na terra-berço do Padre Jerónimo, aquele sacerdote que Joaquim Paço d’Arcos
imortalizou, num dos seus romances históricos.
Foi no passado dia 23 de Abril. Pela tardinha estava eu no
interior da minha casa muito distraído ao computador, quando alguém me
despertou e disse: já viu o que está o espetáculo que vai lá foro?! Reparei e
vi todo branquinho e a chover saraiva, granizo ou “pedra”.
Os portugueses arranjam termos diversos para darem o nome à
mesma coisa. Bonito de ver, mas o certo é que se trata de um fenómeno meteorológico
perigosíssimo para os agricultores, sempre que vem nestas ocasiões em que os
frutos estão em formação ou já prontos para recolher.
Melhor dito: é bom porque onde cai descarrega muita água, como
também destrói onde quer que descarrega. Menos no meu quintal que só lá tenho
tremocilho ou tremocilha.
É uma erva que serve ajudar a conservar e recuperar azoto na
terra e os alentejanos usam em vez do tradicional descanso trianual do solo.
Além de também servir de estrume.
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